segunda-feira, 14 de julho de 2014

Cine Classic: Diário de bordo: o pequeno menino homo

Relembrando textos dos antigos blogs... 

Partimos do início, com os meus diários de bordos, que mostravam minhas descobertas e tudo que veio após tudo isto.

Divirtam-se:



Resolvi abrir esta nova seção para desabafar. Falar um pouco da minha sexualidade, sobre minhas escolhas e quem sabe, isto não sirva de exemplo para os “news gay” que estão surgindo por aí. Ou para abrir um debate na mente de vocês.Quando criança, sempre adotei uma postura hetero (ou tentava em grande parte), brincava na rua, fingia namoros como meninas, mas no intimo a curiosidade crescia. Crescendo um pouco começou o famoso troca-troca com amigos, mas nada demais, coisa de moleque, a mão naquilo, aquilo na mão, sobe em cima, brinca com aquilo e afins.Mas, na minha mente a atração pelo mesmo sexo existia, mas por criação, por ter certa fixação pela bíblia quando mais jovem, eu meio que ignorava ou deixava as coisas só na imaginação, ou só nos famosos troca-troca sem penetração.

A gente vai crescendo, e acaba caindo de cabeça no relacionamento hetero. Tenta de tudo, sofre, força a barra, mas as coisas realmente não andam. Fiz uma besteira de continuar um namoro hetero que foi péssimo para ambos os lados, tanto que hoje a pessoa não olha mais para minha cara. E as poucas ligações homossexuais eram terríveis, o que levou até ao fim de uma amizade, pois a pessoa acabou gostando de mim.Por incrível que pareça, fiquei um longo tempo nisto, só beirando os 25 anos que resolvi encarar a homossexualidade como vida, assim como um primo meu, fui seduzido pela internet.

Não freqüentava locais GLS, mas tentava sanar a atração homo com encontros casuais pela internet, até que o vazio me tomou.Com a doença de alguém próximo, acabei enxergando a vida de outro ângulo. E parei de olhar a homossexualidade como algo extremamente ruim. Pois a vida pode ser curta, e certos pesos têm que se tirar das costas, para torná-la (a vida) no mínimo suportável. E resolvi deixar de enxergar o sexo, e passei procurar o amor, por mais que este caminho seria um pouco estranho para mim.

Em breve, continuo.


Ass.: R

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