Relembrando textos dos antigos blogs...
Partimos do início, com os meus diários de bordos, que mostravam minhas descobertas e tudo que veio após tudo isto.
Divirtam-se:
Bem, tinha meus 26 anos, e quase nenhuma experiência com o mundo GLS no
litoral santista. Só tive três experiências, uma vez fui ao Equilíbrio,
antigo bar lésbico no alto da Ilha Porchat (para falar a verdade, não
sei se continua a funcionar). Fiquei grande parte do lado de fora junto
com meu pretenso namorado. Na segunda vez, este mesmo me levou para
conhecer a The Club, que na época tinha outro nome.
O lugar
parecia casa mal assombrada, tinha no máximo uns 15 gatos pingados
espalhados. Então, ainda não tinha experimentado o “fervo” que tanto
diziam sobre as boates cheias. A terceira, foi com meu terceiro pretenso
namorado. Ele me levou num barzinho no fim da Conselheiro Nébias,
chamado Help. Local aconchegante, estava ainda no inicio, Gostei muito
do clima. Após o fim deste namoro, tomei a coragem e fui freqüentar
sozinho este bar. Ele havia ficado mais conhecido e enchia quase todos
os fins de semana. Mas, eu ficava sentado a beira do balcão, bebendo
minha soda (dificilmente bebo álcool), e virava alvo dos olhares e
comentários das outras pessoas no bar.
O mundo GLS tem dessas, se
você é carne nova no pedaço (mesmo não sendo o mais belo dos belos),
você vira uma porção de açúcar no meio do formigueiro. Todos querem
saber de você, lhe chegam perto e fazem perguntas sem sentido. Como eu
ficava só olhando, um deles chegou até a dizer que eu era um repórter
cobrindo a noite gay e quis dizer o nome dele para eu não esquecer de
colocar na matéria. Houve momentos estranhos, como um casal de gays que
chegaram e ficaram sentados próximos de mim. Um deles não parava de
olhar para mim, até na hora de um deles ir ao banheiro, e o que me
observava chegar a mim e dar um papel anotado e dizer: “me liga no
horário comercial”.
Fiquei sem entender, até conversar com meu
ex-namorado, e ele dizer que conhecia o cara, que era sustentado pelo o
outro. E que só podia ligar no horário comercial, por que era a hora que
o marido dele trabalhava. Não sei se achei engraçado ou até um mesmo
triste, por causa do outro cara, pois eu não deveria ser o primeiro a
receber propostas do tipo. Outro dia, vi um belo homem, já beirando os
40. Bem arrumado e muito bonito. Ele foi se chegando, fingindo que só ia
conversar com o amigo dele que estava sentado ao meu lado. Até que ao
me fitar os olhos, veio enfim conversar comigo.
O problema que o
papo não me agradou muito, pois ele estava a mais tempo no mundo GLS,
era bem fervido e no dia seguinte iria à Parada Gay. Aquilo para quem
estava entrando ainda pela porta dos fundos no mundinho gay, era
assustador. Podia até ser um pouco de preconceito meu, mas era tudo novo
demais, tive medo.Tive momentos engraçados e constrangedores. Chamei
meu primo para conhecer o barzinho, me empolguei e entrei na caipiroska,
que estava carregadíssima de Vokda.
O que para alguém que não
tem costume de beber, é um perigo. A bebida me deu uma coragem de
super-herói, o que me fez encarar o cara na mesa vizinha. O flerte foi
tão grande que ele me chamou para conversar na mesa dele e trocamos até
beijos. No final, para constrangimento de todos, ele estava indo embora,
quando o puxei pelo pescoço e o beijei. O que a bebida não faz, né?Em
breve conto mais experiências que tive no barzinho, que direcionaram
para a grande transformação na minha vida.
Ass.: Ray
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